A moeda é responsável por vários aspectos de funcionamento de uma economia, servindo como a intermediação na troca entre mercadorias na sociedade actual. Mas nem sempre foi assim, antigamente havia a chamada economia de escambo, ou seja, uma economia baseada na troca pura, onde não havia moeda, e os agentes tinham que negociar trocas de produtos directamente entre eles. Porém, a medida que crescia o número de agentes nessa economia, mais complexo tornava-se o modelo de troca, porque por exemplo um negociante que tivesse batatas e quisesse comprar maças, só as poderia comprar se o negociante de maças precisasse de batatas ou então teriam de arranjar um sistema de troca muito mais complicado. E tudo isto com milhões de negociantes tornava-se um obstáculo à economia. Assim a moeda assume uma de suas principais características: servir como meio de troca.
No passado, por questões de segurança, muitas pessoas preferiam depositar suas moedas em determinadas casas – que mais tarde tornaram-se os actuais bancos, e recebiam um certificado de depósito que constava o valor e atestava a existência efectiva da moeda.
Os bancos são responsáveis por autorizar a emissão de moeda, que por sua vez é confeccionada pela em locais próprios. Porém a emissão de novas moedas está ligada com um assunto bastante controverso: inflação.
Define-se como inflação a queda do poder de compra da moeda, também equivalente ao aumento do nível geral de preços. Os monetaristas (também chamados de economistas ortodoxos) afirmam que a emissão de moeda deve passar um por um processo de alto controle, pois pode causar instabilidade no sistema monetário, gerando inflação. Porém, um outro grupo de economistas defende que perante um cenário negativo, com alto nível de desemprego, o aumento da emissão de moeda para financiar os gastos do governo pode ser positivo, podendo gerar, no curto prazo, produção adicional que compense a maior quantidade de moeda.
Para analisar essas duas posições, é imprescindível discutir acerca da seguinte fórmula:
- M*V = P*Y
- (M) quantidade de moeda em circulação
- (V) velocidade de circulação da moeda
- (P) nível geral de preços
- (Y) produto agregado
Os monetaristas defendem que a velocidade de circulação da moeda (V) é geralmente estável e atribuem efeito de causalidade na expressão citada, colocando (M) como causa e P como efeito. Dessa maneira, para os monetaristas, é sempre o aumento em (M) que causa aumentos em (P), gerando assim inflação. Porém, para a outra linha de economistas, em alguns casos é (P) que pode causa aumento em (M), e há determinados cenários que aumentos em (M) podem provocar aumentos em (Y) (como é o caso da emissão de moedas para financiar gastos do governo.